É uma técnica japonesa de tingimento de tecido derivada
do tie die, porém, de forma controlada, onde se podem escolher os padrões do
desenho na finalização.
Nessa técnica vale fazer amarrações, alinhavos, colocação
de plaquinhas para fazer prensa, etc.
Diferente do Batik, onde os desenhos são produzidos à
partir de impermeabilização dos desenhos com cera quente, no shibori os desenhos se formam pelas
amarrações e prensados.
As cores geralmente são em torno do índigo blue, porém,
há quem faça em outros tons.
O setor de moda tem aderido a essa técnica, inclusive YSL
que lançou uma coleção inteira com essas estampas.
A tinta pode ser obtida através de corantes naturais ou industrializados. O uso de corantes naturais é uma tendência porque protege o meio ambiente.
Os corantes naturais são utilizados pela humanidade há mais de 5.000 anos, atingindo o perfeito domínio das técnicas de sua aplicação entre 1.800 a 1.900 dC, entrando em desuso quando a indústria química sintetizou as primeiras anilinas.
Há uma variedade de plantas que podem ser usadas para se produzir corante vegetais. Podemos sugerir algumas plantas bem conhecidas em muitos países. No entanto, cada área terá as suas próprias plantas que podem ser usadas para se preparar os corantes.
Experimente e teste partes diferentes das plantas como as folhas, a casca das frutas, das árvores, as raízes ou a madeira.
Quando colher plantas para a preparação de corantes, colha sementes para plantar para que mais plantas cresçam. Se você cortar a casca, nunca corte muito de uma vez ou a árvore poderá morrer.
Líquens são plantas pequenas que crescem em rochas. Há muitas cores de líquens e eles são muito bons para se preparar corantes.
A quantidade de produtos vegetais varia de acordo a quantidade de tecido a ser tingido e o tempo de imersão.
Entre eles temos beterraba, hibisco, romã, urucum, açafrão, repolho roxo, casca de cebola, etc.
Para estudos mais aprofundados segue o link para acessar um livro publicado pelo SPHAN que fala sobre como tingir com corantes naturais e como obter as cores.
O livro é:
A Tecelagem Manual no Triângulo Mineiro – Uma Abordagem Tecnológica – produzido pela SPHAN / Fundação Nacional Pró-Memória – Brasília 1984.
Acesse o link:
http://livros01.livrosgratis.com.br/cp088402.pdf
Na página 66 começa a informação do uso de corantes naturais.
Tintas
industrializadas :
Exemplos de amarração, alinhavo e prensado
Alguns resultados para se inspirar..
Fonte:
https://tecelagemartesanal.wordpress.com/